Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

mumbles

mumbles

28 Mar, 2009

UMA LIBERTAÇÃO

ANIMAL resgatou ontem de manhã, em colaboração com a GNR, com o ICNB e com o Médico Veterinário Municipal de Moura, 3 macacas-de-tarrafe detidas ilegalmente em Moura, e instalou-as na tarde de ontem no seu novo lar, no Monte Selvagem – Reserva Animal
 
– Veja uma foto-reportagem sobre esta história, assim como as notícias publicadas sobre a mesma e o vídeo da reportagem da sic acerca desta, em
http://blogdaanimal.blogspot.com/
 
Foi uma operação demorada e agitada, mas feliz e bem sucedida. Ontem de manhã, em colaboração com o SEPNA da GNR de Moura, com o ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade) e com o Médico Veterinário Municipal de Moura, a ANIMAL, com o apoio da IPPL (International Primate Protection League), levou a cabo uma operação de resgate de três macacas-de-tarrafe – uma mãe, de 12 anos, e as suas duas filhas, de 4 e 5 anos – que estavam detidas ilegalmente num barracão sem quaisquer condições para estas na localidade de Amareleja, concelho de Moura.
 

 

A PETA (Pessoas pela Ética no Tratamento dos Animais) divulgou hoje um vídeo que mostra soldados bolivianos de elite a praticar treinos militares em cães. O vídeo mostra que são utilizados cães para praticar técnicas de rapto, abate e tortura militar.

Segundo o blogue Periodista Digital, a PETA afirma que os soldados disseram ter recebido indicações do exército americano sobre como conduzir estes exercícios, e a parceria de treinos foi confirmada por um acordo escrito entre a Bolívia e os Estados Unidos.
 

 

Caça de Focas – Recomeço da temporada gera protestos
(In “Diário de Notícias”, 25 de Março de 2009,
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1180942&seccao=Biosfera)
 
O recomeço da temporada de caça de focas no Canadá está a gerar imagens chocantes, como esta,de pescadores canadianos juntando as peles dos animais mortos.
 
Organizações de defesa dos animais continuam a contestar a prática, que só este ano deverá implicar a chacina de 280 mil focas indefesas.
 
A UE pondera proibir a venda de produtos derivados da caça das focas e a Rússia já anunciou que irá proibir estas acções no seu território, embora só dentro de um ano se aplique a moratória.
 
Em defesa do negócio, o Governo canadiano afirma que os animais não sofrem e que as organizações ambientalistas protestam apenas para obter dinheiro das autoridades canadianas e americanas.
 

 

 

 

PLEASE TAKE ACTION TODAY!

With a few clicks you can send letters to:

1)  President Obama, asking him to intervene for our
     horses so the bills to stop horse transportation
     and slaughter will become law.


    
President Calderon of Mexico, and other authorities
     asking them to do the moral thing and shut down
     San Bernabe where tens of thousands of our horses
     are brutally slaughtered. 

click on this link send letters:  http://antifursociety.ipower.com//mexico/mexicoemail.html


2)  A letter to the Governor Schweitzer, asking him to
     veto the bill HS 418 to build a horse slaughterhouse
     in Montana.
  NOTE: This is most urgent. Please write 
     at your earliest convenience.

Click on this link to send a letter: http://www.antifursocietyinternational.org/Horse_Slaughter/montana.html

FOR MORE INFORMATION CLICK HERE

 

Participe na iniciativa “Portugal é de Todos”, promovida pela SIC, “Expresso”, “Visão” e AEIOU, e defendendo, enquanto “ideia para construir uma sociedade mais solidária”, nas propostas para actuação do Governo, do Parlamento, dos Municípios, das Empresas e da Sociedade Civil, a tomada de medidas no sentido de aumentar a protecção dos animais em Portugal
 
A SIC, o “Expresso”, a “Visão” e o portal AEIOU estão, conjuntamente, a promover a iniciativa “Portugal é de Todos” – “Propostas para um Portugal mais positivo, realizador e livre”, que é apresentada, no site do “Expresso”, do seguinte modo:
 
“Num ano em que se decidem três eleições e o país está mergulhado numa crise de esperança, desafiamo-lo a preencher este formulário com ideias que ajudem a construir um Portugal melhor e mais solidário (use um máximo de 400 caracteres por ideia; não é obrigatório o preenchimento de todos os campos). A sua contribuição será divulgada nos sites SIC, Expresso, VISÃO e AEIOU e entregue, no dia 25 de Abril de 2009, data em que se comemoram os 35 anos da Revolução dos Cravos, ao Presidente da República, a todos os grupos parlamentares, ao Conselho de Ministros, à Associação Portuguesa de Municípios e a diversas organizações representativas da sociedade civil.

Três destinatários, três temas, três propostas.”
 
Por favor, aceda ao site desta iniciativa, em
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=25abril, e defenda, enquanto “ideia para construir uma sociedade mais solidária”, nas propostas para actuação do Governo, do Parlamento, dos Municípios, das Empresas e da Sociedade Civil, a tomada de medidas no sentido de aumentar a protecção dos animais em Portugal – especifique aquelas que considera mais urgentes e mais importantes.
 
Esta é uma iniciativa muito positiva que, se captar a participação de um grande número de pessoas preocupadas com os animais que ali manifestem a sua preocupação e indiquem as medidas que gostariam de ver tomadas nesse sentido, poderá, mais uma vez, contribuir para dar um destaque importante à urgência e importância da protecção dos animais em Portugal. Por favor, participe com as suas ideias, com as suas palavras, com o seu contributo. Pelos animais e por um Portugal mais justo, mais solidário, mais livre e mais democrático.

Ensaio sobre a cegueira Imprimir E-mail
Simone Nardi
Seg, 09 de Março de 2009 00:00
 
"Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara."
Citado no "Livro dos conselhos",
de El-Rei Dom Duarte.

A maioria já deve ter lido ou ao menos ouvido falar do livro "Ensaio Sobre a Cegueira", de José Saramago; vamos apenas pincelar o livro que narra como de repente uma cegueira branca vai se espalhando, contaminando e tomando conta das pessoas; a princípio parece ser incurável e aos poucos toda a humanidade vai ficando cega, reduzida a seres meramente instintivos. Em meio a tanto terror, apenas uma pessoa não perde a visão e é ela, sozinha, que os guia dentro dessa cegueira branca, dentro desse mundo desconhecido e assustador. O filme retrata como o ser humano é capaz de perder anos de civilização ao ser privado de um de seus sentidos. É possível compreender no livro a necessidade dos "cegos", em confiarem naquele único ser que enxerga, de modo a poderem se humanizar e se socializar novamente, pois o governo os envia a um sanatório e, quanto mais pessoas chegam, mais deplorável fica o lugar. Começam a surgir disputas pela comida e pelo domínio do sanatório, situações constrangedoras fazem com que os personagens comecem a se questionar sobre sua dignidade, seu auto-respeito e seu orgulho.

Por trás do livro podemos notar que Saramago não trata apenas da cegueira física, mas da cegueira moral dentro da qual a sociedade se encontra, e sabemos que todo esse orgulho e dignidade são deixados de lado quando o animal humano é posto diante do animal não humano. Em confronto com um ser que ele julga inferior, o animal humano esquece que é civilizado e se bestializa de tal forma que perde sua verdadeira identidade, seu orgulho e seu auto respeito, descendo a níveis que os animais não humanos não conseguem alcançar, a própria "miséria moral". Foi há muitos anos atrás que essa cegueira branca teve início, ao matar no animal humano todo seu senso de moral, compaixão é ética pelos animais não humanos. A ética social, tal como no livro, desmoronou desde então. O animal humano cego pelo orgulho e pela vaidade separou-se da natureza, espezinhou-a e aos seus outros filhos, os animais, com a mesma crueldade com que trata tudo aquilo que lhe é diferente. Nessa sua cegueira, a humanidade é capaz de ignorar o fato de que há uma igualdade senciente entre nós e os animais, é capaz de se manter cega diante de tanto sofrimento, ensaiando o dia em que consiga obter a coragem de enfrentar seus medos em resistir à cegueira a qual a condicionaram.

"O medo cega, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos.[...] Quantos cegos serão preciso para fazer uma cegueira, Ninguém soube responder." (J. Saramago)

Quanto ainda será preciso mostrar, demonstrar, expor, falar ou escrever sobre o sofrimento animal, antes que os "cegos da ética" notem que estão errados, que estão com medo e que esse medo os cega. Quanto ainda teremos que pedir para que abram seus olhos, pois somente assim essa cegueira se dissipará e a ética voltará a se fazer parte da sociedade? Esse cegos contemporâneos são cegos do coração e da alma, são cegos da moral e da ética, guiam outros cegos e conhecemos a velha frase que nos diz: "Cegos guiando cegos,ambos cairão no abismo". Já estamos caindo no "abismo" a cada dia que passa, por todo o desrespeito que as pessoas mostram em relação aos animais; é a humanidade quem polui o seu próprio ar, que contamina sua própria água, que apodrece sua própria terra, que desrespeita a eles, os animais não humanos e em igualdade, a si mesma, mas a maioria ainda deseja se manter cega diante disso. Essa cegueira não os deixa ver aonde pisam nem em quem pisam, não os deixa livres para escolherem qual caminho tomar, qual posição escolher.São cegos que temem enxergar, porque fazem tantas coisas ruins aos animais que se envergonham, e se fecham cada vez mais dentro de uma cegueira manipulada e cruel.

"Por que cegamos, não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que vêem, cegos que vendo, não vêem" (J. Saramago)

Essa á a grande parcela da humanidade hoje diante da exploração animal, cegos que vendo, ainda assim fingem não ver, que diante da repulsa que a visão do sofrimento animal acarreta, com uma insensibilidade fora do normal, conseguem ignorar o que lhes mostrado, que hibernam em seus costumes e tradições bárbaras com medo de enxergar a verdade de seus atos cruéis.

"Por que cegamos?"

Porque passamos a nos achar seres privilegiados, seres mais fortes, mais poderosos e, no entanto, nos tornamos seres mais cruéis, mais frios, mais irracionais. Não somos cegos, estamos cegos diante daquilo que não desejamos ver, a agonia animal que praticamos todos os dias.

Assim como os personagens de Saramago perderam o senso de civilidade, hoje, os cegos contemporâneos, perderam o senso de civilidade junto a natureza, junto aos animais, tornaram-se egoístas ao fazerem da Terra, um Planeta para uso exclusivo de animais humanos.Não dividem, não doam, ao contrário, tomam a força, ameaçam, humilham, matam, violam e desmoralizam qualquer ser que se oponha a essa cegueira.

Saramago diz que deseja que seu leitor sofra ao ler o livro, tanto quanto ele sofreu as escrevê-lo. E hoje nós sofremos por essa cegueira que perdura há séculos, séculos de tortura, de morte e muito sangue. Tal como o livro, a vida dos animais tem sido um capítulo brutal e violento, repleto de experiências dolorosas e aflições sem fim.

"Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso." (J. Saramago)

O que nos falta para reconhecermos isso, então? O que nos falta para enxergarmos que, o que fazemos com os animais se opõe a qualquer ética que tentemos criar para nos proteger uns dos outros? Que falta para as pessoas abrirem os olhos e enxergarem que os gritos de agonia só irão cessar quando elas mudarem? Não somos cegos, repito, estamos cegos, e ser cego é uma opção.

A cura para essa cegueira nada mais é do que a aceitação verdade, e a verdade é que realmente não somos bons que, embora o veganismo nos guie para a moralização ética, nós nos afastamos desse guia por medo de descobrirmos que não somos aquilo que pensamos que éramos: seres bondosos e racionais. Temos medo, tanto quanto os cegos de Saramago, de caminharmos por esse mundo desconhecido e assustador que é o respeito aos animais não humanos, não estamos acostumados a respeitá-los, somos orgulhosos demais, porém a cegueira nos tem feito viver num mundo igualmente deplorável ao sanatório onde os cegos de Saramago viviam, fingimos não ver, mas sentimos o cheiro da morte e da nossa sujeira. Quando será que a humanidade se desvencilhará dessa cegueira para alcançar a sua lucidez, pois qualquer pessoa que saiba sobre o sofrimento animal e nada faça a esse respeito, está cego e perdeu parte de sua sanidade. Seria irracional nos colocarmos como seres racionais diante da visão do abate de um animal, diante da vivissecção, diante das touradas, bem mais fácil realmente seria essa posição ocupada pela grande massa, a de seres cegos e insensíveis a dor, não há como explicar de outro modo como alguém que tendo conhecimento sobre o que acontece com os animais, não mude, nem tente mudar.

É preciso que nos se humanizemos e nos socializemos novamente com a natureza, com os animais, com o mundo no qual vivemos, precisamos ter coragem para abandonarmos a cegueira de anos e anos de exploração animal, por uma conduta mais digna, pois o ser humano que usa de sua força contra um ser qualquer, não é digno, nem possui qualquer valor moral e os animais humanos necessitam, urgentemente, se moralizarem perante a natureza e sobretudo, diante dos animais não humanos.

"Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara."1

Se podes enxergar e reparar, então que esperas para mudar?

Referências Bibliográficas

 

SARAMAGO, José - Ensaio sobre a cegueira.

Nota

1 Metáfora sobre aqueles que tendo visão, se recusam a ver, pois é bem mais fácil ignorar as coisas que fazemos de mal aos outros seres do que passarmos a nos enxergar como verdugos cruéis.

 

 

NOTA - Tomei a liberdade de publicar, aqui, no Mumbles, este artigo de Simone Nardi, extraído da revista "Pensata Animal", por me parecer ser um daqueles artigos que todos deveriam poder ler.

Esta "nova forma de estar no mundo" enquadra-se perfeitamente naquilo qu eu sinto ser desde que me conheço e refere, ainda, uma das obras de José Saramago que eu li, por várias vezes, e que acabou por originar um trabalho de expressão plástica que aqui vos deixo, em rodapé.

 

 

 

 

 

Irlanda resgata animais de galeria de arte
(Por Maria João Pinto. In “Diário de Notícias”, 14 de Março de 2009,
http://dn.sapo.pt/2009/03/15/sociedade/irlanda_resgata_animais_galeria_arte.html)
 
A história repete-se: há cerca de dois anos, numa galeria de arte, uma cadela abandonada e doente foi deliberadamente deixada morrer de fome e de sede como parte de uma "instalação plástica" do costa-riquenho Guillermo Vargas Habacuc. Chamava-se Natividad e o seu sofrimento suscitou o repúdio de milhões de pessoas em todo o mundo, gerando uma das maiores e mais expressivas petições da história da Internet: mais de dois milhões de assinaturas.
 
Desta vez, uma idêntica tentativa de (ab)uso de animais em nome da arte foi travada a tempo, em espaço europeu: na Irlanda, após várias semanas de protestos de associações e de cidadãos, o Drogheda Arts Center retirou finalmente de exposição dois cães abandonados que, desde 25 de Fevereiro, haviam sido confinados a duas jaulas no âmbito da "instalação" If art could save your life (Se a arte pudesse salvar a tua vida, em português).
 
O autor, Seamus Nolan (n.1978), actualmente a residir e a trabalhar em Dublin, usara argumentos não muito diferentes dos de Guillermo Vargas Habacuc como justificação: as suas "criações plásticas" constituiriam, em seu entender, um "manifesto contra a indiferença e a hipocrisia" e pretenderiam "questionar a noção de objecto" no sistema de valores da sociedade actual.
 
Provenientes do County Louth Public Dog Pound, o equivalente a um canil municipal, os dois animais - um com quatro anos, outro com cerca de um ano de idade - foram retirados da galeria no passado dia 4 e de imediato encaminhados para famílias de adopção. Seamus Nolan e a instituição que o acolheu pretendiam devolver os animais ao canil para aí serem abatidos uma vez terminada a "exposição".
 
Segundo a National Animal Rights Association, da Irlanda, esta vitória da sociedade civil irá dar frutos no futuro: o Drogheda Arts Center comprometeu-se a "não aceitar mais animais" na "instalação" em apreço - que continua patente até dia 20, agora com as jaulas vazias - e a ajudar outros a encontrarem novas casas. Nomeadamente os que se encontram no canil de Louth.
 
Uma petição relativa a este caso, alojada em
www.petitiononline.com/justine1/petition.html, relembra, entre o normativo internacional, o articulado do Tratado de Lisboa, no qual expressamente se sublinha que os animais "não são objectos".
 

Carla defende animais
(In “Correio da Manhã”, 8 de Março de 2009,
http://www.correiomanha.pt/Enviar.aspx?channelid=00000133-0000-0000-0000-000000000133&contentid=5D651B31-EC43-4DDD-A312-492478F861AE)
 
A modelo e apresentadora Carla Matadinho foi uma das convidadas da gala ‘Evolução com Compaixão’ promovida pela Associação Animal e não escondeu a felicidade pela participação, até porque é uma acérrima defensora dos direitos dos animais.
 
"Há causas às quais devemos dar o nosso apoio incondicional e esta é uma delas", começa por contar Carla Matadinho, que há pouco tempo não olhou a meios para salvar um animal. "Há tempos, no Alentejo, parei no meio da estrada para salvar uma cadela que estava à beira da estrada. Foi uma loucura da minha parte porque poderia ter provocado um acidente, mas a verdade é que estas coisas apertam-me o coração", garantiu.
 
Na defesa dos animais, Carla Matadinho não diferencia nem tipo nem género nem tamanho. "Ainda esta semana recebi um mail que mostrava peixes a serem cozinhados vivos e isso chocou-me muito", revela a apresentadora, que se manifesta ainda contra as touradas. "Que ser humano é este que se diverte a ver um animal a sofrer?", deixou no ar.
 
Na gala estiveram ainda presentes caras conhecidas como a apresentadora Fernanda Freitas.