Da revista "PENSATA ANIMAL"
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Da revista "PENSATA ANIMAL"
Educação para a morte
(Por Manuel António Pina. In JORNAL DE NOTÍCIAS, 5 de Janeiro de 2010, http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1461843&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina)
A chamada Casa do Pessoal da RTP tem-se notabilizado pela sua particular vocação para espectáculos sangrentos que a própria estação, seguindo o seu não menos particular entendimento de serviço público, abundantemente promove, oferecendo com regularidade aos queridos telespectadores a "exquise" oportunidade de se divertirem como zulus assistindo à humilhação e sofrimento de animais a cargo de profissionais do género.
Há quem chame "arte" a isso, como há quem chame "arte" a tudo e a um par de botas, incluindo a caluniada arte da morte. Mas só gente totalmente insensível vê beleza no binómio de Newton e na Vénus de Milo e não experimenta a mínima emoção estética vendo um touro agonizar babando-se em sangue ou o cadáver de um javali gloriosamente perseguido (como sucederá na "montaria" que a Casa do Pessoal da RTP organiza no próximo fim-de-semana) por 325 heróicos e "artísticos" caçadores mais 25 matilhas de cães. Daí que a Casa do Pessoal da RTP e a RTP se empenhem na "educação para a arte" dos 74% de portugueses que não gostam de touradas (nem, se calhar, de cadáveres de animais baleados).
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET
Embarcação da Sea Shepherd afunda após ataque de baleeiros japoneses, na Antártica
06 de janeiro de 2010
Ativistas do Sea Shepherd acusam uma embarcação japonesa de atacar seu barco e seus tripulantes, que protestavam contra a caça de baleias nesta quarta-feira, 6.
Foto: Reuters/Estadão
A organização australiana Sea Shepherd Conservation Society declarou que seu barco Ady Gil foi cortado ao meio pela embarcação japonesa Shonan Maru quando se aproximou dele.
O Ady Gil, uma embarcação futurista em carbono e kevlar, capaz de alcançar 93 km/h, se partiu em dois após um choque no mar, diante da Commonwealth Bay. Ainda segundo os autralianos, o barco foi atingido por projéteis lançados pelos japoneses. Embarcação dos ativistas defensores das baleias ficou destruída.
Os seis membros da tripulação do Ady Gil foram resgatados ilesos, segundo Paul Watson, diretor da campanha anual organizada pelo grupo Sea Shepherd contra a pesca da baleia.
(In ANDA, 6/01/10 http://www.anda.jor.br/?p=40100)
Prisão para promotores de lutas de cães
(In DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 4 de Janeiro de 2010, http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1461355)
Criminalização e regras mais apertadas para donos de sete raças de cães perigosas
"Cuidado com o cão." Está em vigor desde o dia 1 a nova lei da criação, reprodução e detenção de animais perigosos e potencialmente perigosos. Uma das novidades, entre várias outras, do novo regime jurídico (Decreto-Lei 315/2009, de 29 de Outubro) é a punição da luta de cães.
O agravamento da punição a esta prática estende-se também a quem não cumpra os requisitos quanto ao registo e licenciamento destes animais. E se até agora quem não cumprisse a lei sujeitava-se a uma multa (que poderia oscilar entre 500 e 3740 euros para particulares e 44 mil euros no caso de pessoas colectivas), agora a legislação é mais severa. Uma das justificações para este endurecimento da lei é dada, precisamente, no preâmbulo do diploma agora publicado, com chancela do Ministério da Agricultura, que reco- nhece que a contra-ordenação das ofensas corporais causadas por animais de companhia "não é factor de dissuasão suficiente", pelo que, estes comportamentos, passam a ser crime.
Luta de cães em Portugal? Há muito que deixaram de ser ficção. Os casos conhecidos, ocorrem, na maioria das vezes, em zonas problemáticas, onde o controlo da polícia é mais difícil. Há ainda quem, na franja da marginalidade, use o cão para fazer assaltos. Atente-se à lei: O dono de um destes animais é obrigado a ter um seguro de responsabilidade civil para cobrir eventuais danos causados pelo animal e é obrigado ao "dever especial" de vigilância para que o seu cão não ponha em risco a vida ou a integridade física de outras pessoas. No capítulo do alojamento, a lei agora é mais exigente (caixa ao lado).
Segundo dados conhecidos, há mais de dez mil cães potencialmente perigosos em Portugal e ultrapassa o milhar o número de casos em que os cães têm comportamentos agressivos. Sem trela nem açaime, são uma ameaça.
As autoridades têm promovido campanhas de sensibilização. Uma delas decorreu na área do Destacamento de Coimbra da GNR. Segundo o responsável do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente, capitão João Fernandes, "os donos estão receptivos às novidades", sendo que, para quem está de boa-fé, "já sabe que os cães devem ser adquiridos em espaços licenciados e os cães têm de estar inscritos no Livro Oficial Português". A criação ilegal, é, pois, uma das vertentes que as autoridades vão fiscalizar com maior acuidade.
Medidas obrigatórias
› Devem ser efectuados na junta de freguesia da área de residência, entre os três e os seis meses do cachorro.
› Contempla a responsabilidade civil, para cobrir eventuais danos causados pelo animal.
› Obrigatoriamente, têm de existir vedações com, pelo menos, dois metros de altura em material resistente, que separem o alojamento destes animais da via ou espaços públicos, ou de casas vizinhas. Devem existir, ainda, placas de aviso da presença do animal.
› Serve para a socialização e obediência do cão. Deve ser ministrado por treinadores certificados para este efeito (esta medida apenas entra em vigor a 14 de Abril deste ano).
› O microchip, recorde-se, é obrigatório, com a legislação em vigor desde 1 de Julho de 2008.
Imagem retirada da internet