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Na passada quinta-feira, 20 de Maio, e em mais um protesto contra a realização de touradas na capital de Portugal, três activistas da ANIMAL dispuseram-se a simbolizar aquilo por que os touros passam durante o miserável espectáculo, enquanto uma centena de outras/os activistas se mantiveram em silêncio, empunhando cartazes com slogans contra as touradas e pela defesa dos direitos dos animais. Esta forma de sensibilização da comunidade, que é ao mesmo tempo uma acção de protesto contra o horror que é a tauromaquia, é tão importante quanto o trabalho político, judicial ou outros que possam ser levados a cabo pela ANIMAL. Agradecemos, portanto, a cada activista que se dispõe a participar e apoiar estas acções, não duvidando da sua importância. O seu contributo tem um valor inestimável.
 
Importa deixar claro que, seja no âmbito das acções da ANIMAL, no contexto das actividades de qualquer outra organização ou partindo apenas da sua directa iniciativa pessoal, algo de que os animais desesperadamente precisam é que fale por eles, que ajude a representá-los, a denunciar os males que os afectam, a apontar as razões que fazem com que esses males não sejam aceitáveis e a apresentar as soluções e alternativas para esses problemas. Desde o activismo na Internet, participando em protestos por e-mail e lançando, divulgando e participando em petições electrónicas válidas, ao activismo de rua, através da distribuição de panfletos, da organização e/ou participação em acções de protesto e alerta, da promoção de bancas informativas em lugares públicos, das acções de educação em escolas, das palestras  em  salas de acesso público, etc., todas estas são formas fundamentais de activismo, integradas no melhor modelo de participação cívica que as grandes causas éticas exigem e têm apresentado – como acontece na defesa dos direitos humanos e cívicos, por exemplo. 
 
Importa também salientar que, enquanto muitas vezes, por motivos estratégicos, a ANIMAL tem que focar os seus esforços, em apenas uma ou duas campanhas centrais, e, dentro destas, tem que ir promovendo as suas diferentes fases e tudo o que estas implicam, haverá outro tipo de iniciativas, relativas a questões fora do âmbito destas mesmas campanhas, que não conseguiremos desenvolver. Nestes casos, a ANIMAL espera que, quem sinta a motivação para levar a cabo alguma iniciativa que tenha por fim beneficiar animais (e que não possa, nesse momento, ser desencadeada pela ANIMAL), chame a si mesmo esse trabalho e que avance com essa mesma iniciativa – se decidir fazê-lo, por favor contacte a ANIMAL, pois gostaremos de saber dessa iniciativa e, eventualmente, ajudar a que se concretize: info@animal.org.pt.

 

 

Divulgação da ANIMAL


 
 

Ao longo dos anos de trabalho da ANIMAL tem-se conseguido provar que, em aliança ao trabalho de educação da população e a todo o trabalho não público que é feito (intervenção judicial, campanha e trabalho legislativo nacional e internacional, entre outros), os protestos/acções de rua têm um impacto muito importante na mudança do estado de coisas. Não são só os protestos grandes, com centenas ou milhares de pessoas, que são importantes. Todas as acções de rua desempenham um papel importante, e não devem ser menorizadas. Cada acção de rua tem um objectivo específico e a sua eficácia não depende sempre do número. No caso particular de uma marcha pela cidade é muito importante que se reúnam milhares de pessoas, e claro que só pode ser positivo que, por exemplo, um protesto semanal ou uma banca informativa reúnam muita gente, mas não significa que não se possam fazer e ter bons resultados com menos pessoas. Não é expectável que um protesto durante a semana tenha a mesma adesão do que um ao fim-de-semana. As acções são planeadas de acordo com a adesão que se prevê que tenham, e não se coadunaria com os propósitos da ANIMAL deixar de se marcar posição, apenas por ser um dia em que se espera pouca disponibilidade dos activistas. Cada tomada de posição importa, e é por isso fundamental motivar a comunidade activista para ela própria se agrupar e organizar também acções dentro dos moldes que melhor lhe convierem. Assim aconteceu com dois grupos de activistas da ANIMAL, que se constituíram em grupos locais independentes - O CREA (Caldas da Rainha) e os Marinhenses Anti-Touradas (Marinha Grande). O mesmo sucedeu com uma activista individual de Setúbal que pediu a ajuda da ANIMAL para trabalhar para que Setúbal se torne uma cidade anti-touradas, e assim tem sucedido com algumas pessoas que, não se limitando apenas a criticar as acções em que não participam, elas próprias se mobilizam e actuam. Têm a inteligência e a humildade de pedir directrizes a quem tem mais experiência e ferramentas, e depois trabalham por si. Isso é ser sério. Isso é realmente querer trabalhar *pelos animais*, *pela causa*, não vendendo aquilo em que acreditam, não se limitando a dizer e fazer “qualquer coisa desde que seja por bem”, e, mantendo-se firmes perante todas as adversidades, sempre focadas no objectivo altruísta que as move. Isso é activismo! A ANIMAL está e sempre esteve disponível para apoiar grupos e activistas individuais, sempre que possível e sempre que não haja um conflito ideológico, e reitera agora essa oferta de apoio. É também para isso que a ANIMAL tem sempre apostado muito na sua própria formação; para que possa ter cada vez mais e melhor capacidade de apoiar quem tenha essa vontade e disponibilidade, sempre com a *finalidade única* de prestar o melhor, mais limpo, e mais sério serviço possível aos animais.

 

DE - Notícias e Apelos da ANIMAL