UM DIA...
A quantos imaginem – e garanto que os há! – que abrigar e tratar, num T1, de catorze animais de diferentes espécies e ter um blog com muito movimento, não dá trabalho, gostaria de sugerir que pensassem um pouco. Ou sentissem. A mim é-me indiferente.
Outros imaginarão que tratar de catorze animais e ter um blog – cinco, no meu caso – funciona como um somatório de tarefas. Nem pouco mais ou menos. Acreditar e pôr em prática os direitos dos animais gera um trabalho que cresce exponencialmente e não confere um único dia de interrupção, à boa maneira da tradição judaico-cristã.
Quem, sem máscaras, tenha optado por pôr em prática o mandamento de amar o próximo e entenda, como eu entendo, que “o próximo” é todo e qualquer ser vivo, terá de empenhar-se de corpo e alma. Não existem “meias-tintas” numa causa, quando ela é levada a sério. Os limites daquilo em que eu acredito estão, exactamente, na minha resistência física.
É evidente – para mim é evidente… - que procuro gerir o meu tempo de forma mais ou menos racional e guardo comigo alguns resquícios de saudável egoísmo. Não mais do que isso.
Quem fizer esta opção estará a ter, como “materiais de construção”, forças que dispensam, pela sua tremenda grandeza, a grande e todo-poderosa razão. A Vida e o Amor.
Um dia talvez vos tente explicar que os animais interagem e criam dinâmicas que nem sempre são susceptíveis de uma fria racionalização.
Um dia…